terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Rio consolador

Olho para o rio,
Aquele único espectador
Das nossas noites,
Em que dizias amar-me...

Acreditava eloquentemente
Nas tuas doces palavras,
E só o rio guardava
Os meus simples devaneios.

Oh! quantos beijos trocados,
Tantas promessas inválidas
Que só o rio espectador
Decifrava o significado!

Oh! rio esplêndido!
Antes eras o meu publico
Hoje és o meu confidente,
Guarda-me as lágrimas derramadas
Pela pessoa inexistente...

E todos esses momentos
De beleza inefável,
Tornaram-se o sonho
Da louca incompreendida...

Autora: Ana Martins