segunda-feira, 21 de abril de 2008

poema de s. valentim

Se tu fosses a chuva
Eu não saía da rua
Pra sentir na pele
O gosto que tu tens minha musa.

Se tu fosses o sol
Eu morreria exposto a ti
Só para passar mais tempo contigo,
E ficaria cego
Só para te poder ver uma única vez.

Se tu fosses a tempestade
Arriscava a minha vida
Perante os teus raios
Só para deslumbrar a tua beleza natural.

Se tu fosses o vento
Passaria frio só para
Sentir-te nos meus lábios.

Se tu...

Mas como és uma pessoa
Só posso conquistar-te
Amar-te
Beijar-te
E tentar ficar contigo o máximo tempo possível

Autor: Ana Martins

Pianista

Lindo pianista, porque tocas tão bem?
Estarão tuas mãos enfeitiçadas
Ou apenas pelo piano apaixonadas?

Não sabes o quanto é encantador
Meu amigo,
Ouvir o timbre das notas
A fluir do piano
Quando com tuas mãos graciosas
Tocas nas teclas delicadas.

Terás um dom assim tão grande?
Serás tão bom assim
Para me encantares até ao fim?

Ou serei eu só uma tonta
Que vê as coisas de outra forma
Que vê as coisas de ponta?

Vem meu lindo Pianista
Vem ao meu encontro,
Para que no primeiro lugar da tua lista
Seja eu digna de te ouvir
Quando eu quiser, sem que insista.

Vem e ilude-me
Com tuas canções suaves
Ou quem sabe emocionadas
para meus versos
Mais fortes ficarem.

Nada mais tenho a dizer
Só que és maravilhoso
E me fascinas,
Porque és tão esplendoso
Quando aos meus ouvidos me cantas.

Me cantas e tocas
Tocas no teu instrumento
Que as paredes sejam ocas
Para ouvirem o teu afinamento...

Nota: este poema foi dedicado ao meu amigo Rafael Araújo que é um grande pianista dedicado á música e que sonha ser Maestro. Tem muito talento. Sempre me apoiou. Sempre adorei ouvi-lo e ele sabe disso.
Quando tenho disponibilidade vou ás audições dele. Obrigada por tudo.

Maninha

Volta para mim, minha irmã
Que me fazes tanta falta
Vem e volta para o meu clã
Pois não há nada mais em alta
Que o nosso amor e amizade...

Volta, pois por ti choro
Com desgosto e amargura,
Parece que um grande meteoro
Me feriu sem ter mais cura.

Volta, pois a saudade mata-me
Não consigo viver sem ti,
Volta e ama-me
Minha dini chiripipi.

Volta por favor,
Tenho saudades das nossas noitadas
Em que dormíamos agarradas,
Ou passeávamos para nos divertirmos
Nas noites mais loucas, meu amor.

O meu sangue
Procura na solidão
O teu amor quente
Que me abraça na escuridão.

O sangue que nos une
Não será destruído,
Pois tão bem constituído
Sairá sempre impune.

Nada custa mais que a nossa separação
A dor profunda que se enterrou
Aqui dentro, bem lá no coração
Todo o meu corpo com a tua ausência chorou.

nota: Este poema foi dedicado à minha mana, que mudou de casa. adorámo-nos e passamos os melhores momentos juntas. Vemo-nos frequentemente. Beijos da pocoyo.Ana Martins

Vento

Vento, onde vais?
Por esses caminhos, sem rumo?
Voas suave sobre o cais
Voas em todo o mundo.

Quando paras de voar?
Talves nunca, talvez um dia
Voas de volta á escuridão do luar
Para arrefecer as minhas noites.

Noites de solidão
onde reina a escuridão,
Noite gelada onde
Durmo aninhada...

Vais e vens
Que ritmo frenético
Pareces os homens,
Com vidas monótonas e sem sentido.

Autor: Ana Martins