quinta-feira, 27 de maio de 2010

Infancia

Era ali, prostrada diante do céu,
Prostrada perante o horizonte,
Era ali que as ideias surgiam de uma fonte
Que os sonhos estavam do outro lado da ponte.


                                       Foi ali, que deixei minha essência,
Que perdi diáfanos desejos,
Foi ali ,que esqueci o meu recanto 
Que abandonei o meus olhos!
                                          Os meus olhos- que hoje são tão cegos!                             


De tudo quanto fui
Apenas sei que sou nada !

Autor: Ana Martins

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Perdi parte de Mim

Perdi parte de mim...
Desde que partiste da minha vida,
Desde que fugiste por entre a fresca verdura,
Desde que procuraste a angustia que perdura.

Extinguiram-se já as minhas palavras
Ornadas de cores obscuras que te eram dirigidas,
Acabam-se as já as minha frevíolas forças,
Terminou a luta inexpugnável!

Perdi parte de mim...
Talvez tenha sido a minha temerária inconsciência,
Talvez já não haja transcendência,
Só sei que agora a consequência
É a tua dantesca ausência!

Autor : Ana Martins

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Blá Blá Blá

O teu sorriso guardo-o comigo,
Os teus gestos ficam na memória,
Os momentos deixo-os trancados na gaveta
Mas as tuas palavras é o vento que as leva...

Não me venhas falar dum futuro,
Não me digas o que é o mundo,
Não finjas que está tudo bem!
Não recomeces o que já acabou...

Porque todas essas palavras embelezadas,
Ornadas com sentidos que tu lhes dás
Não passam dum conjunto de letras
Com a conotação que eu bem sei.

Sabes bem que sou difícil,
As tuas palavras já não entram ,
Não  fazem sentido.
Rancor ? nenhum !
Boa sorte e segue.

Autora: Ana Martins

terça-feira, 4 de maio de 2010

Alma


A Alma não é
O que o homem pensa ser.
É algo que consome e alimenta,
É guerreira e traz a paz.

É um local estranho , a alma humana,
Que nem toda a gente possui.
É a revolta no nosso contentamento
É a luz na escuridão.

E contudo, tanta gente inútil
Que despreza a vida ,
Que despreza a alma,
Não vive , não sonha!

Ah! Minha Alma!
Tão insatisfeita de mediocridade
Tão inconsciente do pecado,
Tão absorta do mundo real!

Eles não sabem o que penso!
Que a vida não é vida sem essência.
Que a morte não está em quem perde o corpo
Mas em quem perde a Alma!

Autor: Ana Martins